Com objetivo de difundir conhecimento e fomentar o uso de fontes de energia renováveis em Mato Grosso do Sul, o Senai e a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) realizaram, nesta quarta-feira (03/04), no auditório da Faculdade do Senai de Campo Grande, o “Painel Solar”, onde foram apresentados aos empresários e interessados em investir em energia fotovoltaica as oportunidades e vantagens do segmento.
Ao abrir o encontro, o presidente do CDTI (Conselho Temático Permanente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) da Fiems, Luiz Cláudio Sabedotti Fornari, destacou que a questão energética é um gargalo para o desenvolvimento futuro. “Não temos mais para onde fugir e os empresários do Estado precisam entender que é preciso investir em novas fontes de energia. O Senai tem tomado a dianteira nessa área aqui em Mato Grosso do Sul e conta com uma equipe altamente competente e com condições de oferecer apoio aos empresários do Estado”, afirmou.
O diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, acompanhado do gerente do Senai Empresa, Thales Saad, apresentou o portfólio de soluções da instituição para melhorar a competitividade das indústrias, com foco no PSGE (Programa Senai de Gestão Energética). “O Senai presta essa consultoria simulação da planta de geração necessária para suprir a demanda por energia elétrica da unidade consumidora entre o portfólio das energias renováveis, elaboramos o anteprojeto e consultamos preço com 33 empresas parceiras para implementação dos sistemas de geração”, explicou.
Ele acrescentou que houve um aumento exponencial de unidades residenciais, comerciais, industriais e rurais com sistemas fotovoltaicos instalados pelo Senai no Estado. “E estamos tentando fazer com que os interessados tenham o melhor recurso utilizado. Paralelo a isso, nós disponibilizamos para todos os interessados, por meio do site www.simuladorsenai.com.br, um simulador online que informa os sobre os custos e vantagens do investimento de placas fotovoltaicas”, ressaltou.
Na avaliação do presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, esse evento é um ótimo momento para que possamos refletir sobre benefícios, vantagens e oportunidades para que os consumidores economizem utilizando energia solar fotovoltaica. “Também é uma oportunidade de negócios para micro e pequenos empresários que desejam investir nessa área e a ideia é mostrar aqui o panorama da energia solar fotovoltaica no Brasil e no Mato Grosso do Sul, além de oportunidades e desafios que o Estado enfrenta para avançar no uso dessa tecnologia”, apontou.
Segundo Rodrigo Sauaia, Mato Grosso do Sul atualmente ocupa a 11ª posição no ranking nacional de energia solar fotovoltaica, 2,2 Megawatts instalados em projetos de energia solar de pequeno porte operacionais. “Isso representa mais de R$ 60 milhões investidos pelo setor no Estado, mas é muito pouco perto de todo o potencial que existe aqui. Então ainda há um espaço muito grande para o desenvolvimento de investimentos de pequeno porte, na zona rural e também usinas de grande porte”, completou.
Repercussão
Para o gerente da empresa Disbralens, Leandro Martins, o cenário de energia solar tem se mostrado promissor e uma oportunidade de redução de custos. “Nossa empresa tem gastos muito grandes com a conta de energia elétrica e acho que eventos como esse são muito importantes para que os empresários tenham mais conhecimento sobre o assunto e vejam a melhor alternativa de investimentos”, disse.
Na mesma linha, o diretor comercial e de operações da Sanesul, Onofre Assis de Souza, reforçou a importância de um evento para esclarecer interessados em investir em energia fotovoltaica. “A nossa principal despesa é com folha de pagamento e a segunda maior é com conta de energia elétrica. Com a necessidade de reduzir custos, estamos analisando a possibilidade de investir em energia fotovoltaica e o Senai sempre foi um parceiro nosso”, considerou.
Já o coordenador de manutenção do Aeroporto Internacional de Campo Grande, Leonardo Pessoa, comentou que a instalação de placas fotovoltaicas está no projeto de reforma do espaço. “Temos 13 unidades consumidoras e a reforma beneficiará apenas duas, mas estou aqui para entender mais sobre as opções e alternativas para verificarmos a viabilidade econômica de instalar as placas em todo o aeroporto”, finalizou.