Política

Deputado Marçal defende campanha permanente sobre educação no trânsito

A conversa com passageiro também é outro fator preocupante e que acarreta o registro de acidentes
Foto: Luciana Nassar

Para deputado, a educação para o trânsito deveria começar bem antes da retirada da CNH

Como forma de reduzir os índices de acidentes em Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) sugere a realização de campanhas permanentes sobre educação de trânsito. Ao ocupar a tribuna na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (02), o deputado chamou a atenção para a morte do Guarda Municipal Cleber Afonso de Souza, de 42 anos, na noite de domingo em Dourados, ao ser atingido quando estava de moto por um carro em que o condutor embriagado invadiu a pista contrária.

Campanhas sobre educação no trânsito geralmente são intensificadas no mês de setembro, quando ocorre a Semana Nacional do Trânsito. Para o deputado, é preciso que ações sejam realizadas de forma contínua pelos órgãos de trânsito nos municípios do Estado. As escolas, conforme o parlamentar, podem auxiliar no processo educativo, com ações no decorrer do ano letivo.

Há pouco mais de 10 anos foi criada a Lei Seca. Desde a sua provação, em 2008, a legislação ficou menos tolerante com quem dirige e ingere álcool, impondo mudanças no comportamento dos motoristas e ajudando a reduzir mortes no trânsito. Dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, indicam que houve uma redução em mais de 14% do número de mortes por acidentes de trânsito no país. "Para melhorar esse índice, a educação para o trânsito deveria começar mais cedo. Antes mesmo das pessoas atingirem a idade para buscar sua habilitação”, diz Marçal Filho.

Mais do que uso de álcool, falhas mecânicas ou problemas na estrada, o maior fator causador de acidentes é a falta de atenção. A constatação é de pesquisas da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os telefones e outros equipamentos eletrônicos são grandes vilões. Fazer e receber ligações, ler ou digitar mensagens estão entre as atividades mais perigosas. A conversa com passageiro também é outro fator preocupante e que acarreta o registro de acidentes.

“Não temos que educar apenas os motoristas. Pedestres e ciclistas também fazem parte do trânsito e precisam se respeitar e cumprir as leis. Só assim iremos reduzir o número e a gravidade dos acidentes”, destacou o deputado. Conforme o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Mato Grosso do Sul registrou 16.537 acidentes de trânsito em 2018.

Marçal também chamou a atenção sobre armadilhas de indústrias da multa na cidade de Campo Grande. "Em alguns locais é visível que estão somente para pegar o condutor de surpresa. Isso não resolve a problemática, sendo preciso bom senso", alertou.