O dólar perdeu força em relação a outras moedas fortes e emergentes nesta sexta-feira (13). Isso aconteceu porque os investidores globais estão mais otimistas, acreditando que o Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) possa fazer um corte mais agressivo nas taxas de juros.
Com isso, o real teve o segundo melhor desempenho entre as moedas emergentes, ficando atrás apenas do peso mexicano. O dólar caiu 0,41% nesta semana e já acumula uma queda de 1,20% no mês de setembro.
A menos de uma semana da reunião do Fed para decidir sobre a polÃtica monetária, uma matéria do ‘Wall Street Journal’ revelou que os dirigentes do banco central americano continuam incertos sobre o tamanho do corte de juros. Além disso, Bill Dudley, ex-presidente do Fed de Nova York, sugeriu que seria necessário um corte mais agressivo.
Esses acontecimentos levaram o mercado a reavaliar a possibilidade de um corte de 50 pontos-base nas taxas de juros dos EUA. Segundo a plataforma CME Group, há 50% de chance de um corte nos juros americanos, podendo ser de 50 ou 25 pontos-base.
O dólar à vista variou entre R$ 5,6200 e R$ 5,5451 durante a manhã e encerrou o dia com uma queda de 0,91%, cotado a R$ 5,5673. Apesar da desvalorização ao longo da semana e do mês, o dólar ainda registra uma alta de 14,71% no acumulado do ano.
Uma pesquisa do BTG Pactual, divulgada também nesta sexta-feira, mostrou que cerca de 44% dos entrevistados acreditam que a taxa de câmbio ficará entre R$ 5,20 e R$ 5,40 por dólar nos próximos 12 meses, indicando uma expectativa de valorização do real. Por outro lado, cerca de 28% dos entrevistados preveem que o dólar ficará entre R$ 5,40 e R$ 5,60.
Mais cedo, o real também foi beneficiado pela valorização de algumas commodities, embora o petróleo tenha terminado o dia em queda, devido às preocupações com o fenômeno climático Francine e seus efeitos no Golfo do México. O minério de ferro também fechou o dia em baixa.
- MDX