A cheia nos rios de Mato Grosso do Sul continua a preocupar e algumas cidades estão em situação de emergência devido ao nÃvel da água. No boletim diário sobre os rios do estado, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) emitiu situação de emergência para as estações de Miranda e Porto Murtinho. Comunidades ribeirinhas e indÃgenas ficaram isoladas após queda de pontes em Porto Murtinho.
Foi emitido um aviso de evento crÃtico na região do rio Miranda, onde começa a inundar nas partes mais baixas. De acordo com o fiscal ambiental Jun Nukariya do Imasul, a situação de emergência é um pré-aviso para os municÃpios sobre danos materiais e um possÃvel dano à integridade dos moradores.
Segundo ele, a situação na região do rio Miranda chama mais a atenção, pois há a possibilidade de que o nÃvel das águas continue a subir por mais três dias. Já na estação Porto Murtinho, a velocidade de subida do nÃvel do rio já diminuiu e está com um centÃmetro a cada 4 horas, com tendência a reduzir ainda mais. Conforme o boletim diário do Imasul, a estação Porto Murtinho atingiu a cota de emergência de 6,4 metros no sábado (23), porém deliberou-se por não emitir o aviso de evento crÃtico.
O coordenador de Defesa Civil Municipal em Miranda, Amarildo Arguelho, conta que o rio Miranda já chega aos 6,7 metros de altura e que uma famÃlia já foi retirada de casa. Segundo ele, caso o rio continue a subir, as famÃlias do bairro Maria do Rosário terão que ser desalojadas. “Estamos em 6,7 metros. Se chegar em 7,15 metros, aà tem que retirar o pessoal de lá', diz.
Arguelho conta que não chove na cidade há cinco dias, mas o rio ainda continua a subir. “Faz dias que está um sol aqui, o problema é que a água vem dos afluentes de Jardim, Bela Vista, Nioaque, Bonito e Bodoquena', conta. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, tudo vai depender de quanta água vai descer dos afluentes do rio nas próximas horas. Só assim vai ser possÃvel identificar se mais famÃlias devem ser retiradas de casa.
Já na cidade de Porto Murtinho, a 454 km de Campo Grande, foi a área rural a atingida pela cheia dos rios. Segundo o coordenador de Defesa Civil Municipal, Helton Benitez, os danos a pontes deixaram comunidades ilhadas em áreas distantes da região urbana. Sete famÃlias tiveram que ser retiradas de suas casas, mas já retornaram porque o nÃvel do rio começou a baixar.
“Na Colônia Cachoeira, a rodovia de acesso é a MS-467. A outra localidade é a Tomásia e Barro Preto, na MS-382. Temos três rios que estão cheios, o Nabileque, Aquidaban, Rio Branco e Apa. Todos eles desaguam no rio Paraguai, mas ele ainda não encheu', diz.
O coordenador conta que a tendência é que o nÃvel dos rios volte ao normal e que a ponte da MS-467 foi parcialmente destruÃda, mas já há equipes para reparo. Já a ponte que dá acesso à comunidade indÃgena foi levada pelas águas e terá que ser reconstruÃda.