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Policial penal agiota faz ameaça a tiros e é preso na Capital

O policial chegou na residência de carro e atirou duas vezes contra o portão da vítima.
- Imagem Divulgação

Policial penal, 36 anos, foi preso na madrugada desta quarta-feira (20), após atirar contra o portão da casa de uma mulher, 39, para cobrar dívida de agiotagem. Ele chegou de carro na residência que fica no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vizinha da mulher foi quem chamou a Polícia Militar. Aos policiais a mulher disse que o homem parou com um carro Volkswagen Voyage em frente a sua casa, atirou no portão e fugiu.

A vítima disse para a polícia que tinha saído no momento em que o agiota foi até sua casa. Quando voltou, viu a movimentação e foi informada pelos vizinhos o que havia acontecido.

No portão da casa tinham duas marcas de tiros que atingiram também a parede da sala. A ação do homem foi filmada por câmeras de segurança.

Nas imagens que a polícia teve acesso foi possível ver que o homem é moreno e tem barba. Ele desceu do carro, foi até o portão, ficou parado em frente por aproximadamente dois minutos. Na sequência, ele sai com o veículo, faz o retorno, volta e atira. Após efetuar os disparos, o policial penal fugiu acelerando o veículo.

Ao ver as imagens, a vítima reconheceu o homem e afirmou que ele empresta dinheiro a juros a ela e que, por atrasar os pagamentos, vinha recebendo ameaças do policial penal.

Na terça-feira (19), o agiota cobrou a mulher através de mensagens no Whatsapp e no texto ele dizia que ia até a casa da vítima buscar o dinheiro. Quando chegou na residência e viu que ela não estava, o policial mandou novamente mensagem com tom de ameaça.

A vítima apresentou comprovantes de pagamentos dos juros pagos para a Polícia Militar que eram feito via Pix, no CPF (Cadastro de Pessoa Física) do homem.

Os policiais conseguiram chegar até o endereço do homem e ele foi abordado em frente a casa em que mora. Ele dirigia o veículo que foi visto em frente à residência da vítima.

Questionado sobre os fatos, ele confessou ter ido até a casa da mulher, mas negou ter atirado no portão. O homem se apresentou como policial penal e relatou ter arma de fogo em sua residência. Segundo a reportagem, ele está no cargo, pelo menos, desde novembro de 2019.

A arma utilizada pelo homem é uma pistola calibre 9 milímetros. Ele apresentou também o registro do armamento.

A perícia esteve na casa da mulher e recolheu projétil que ficou na parede da residência.

O policial penal e a mulher foram conduzidos até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e o caso foi registrado como ameaça, disparo de arma de fogo e agiotagem.

- CGN