Na primeira apreensão do gênero em setembro, a PolÃcia Rodoviária Federal apreendeu 110 quilos de cocaÃna na noite de sábado na BR-262, em Miranda. Ao longo de agosto, foram outros  574 quilos, totalizando 10.880 kg recolhidos neste ano em Mato Grosso do Sul, superando os 10.728 quilos do ano passado inteiro, que havia sido recorde. E com esse volume, a PRF de Mato Grosso do sul passa a responder por quase 36% da cocaÃna apreendida pela instituição em todo o paÃs, que totaliza 30.248 quilos em oito meses.
Essa participação está bem superior a anos anteriores. Em 2022, por exemplo, agentes da PRF apreenderam 58.197 quilos de cocaÃna ou pasta base em todo o paÃs. Deste total, 10.728 kg foram interceptados em rodovias de Mato Grosso do sul, o que equivale a pouco mais de 18%.Â
Nos dois anos anteriores, era menor ainda. Ao longo dos doze meses de 2021 a PRF reteve 40.248 quilos de cocaÃna e pasta base. Desse montante, apenas 13%, ou 5,2 toneladas, foram descobertos aqui no Estado.Â
E, em 2020, quando 30.351 quilos foram apreendidos pela PRF no paÃs, os agentes que atuam em MS responderam por 5.041 quilos, o que equivale a 16,5% do total.Â
No segundo colocado deste ranking, Mato Grosso, estado que também faz divisa com a BolÃvia, os agentes da PRF apreenderam neste ano 6,7 toneladas, ou 22%. Nas rodovias do Paraná, estado que tem fronteira extensa com o Paraguai, foram interceptados até agora 1.828 quilos, ou 6%.Â
Nos grandes centros do paÃs, como São Paulo e Rio de Janeiro, teoricamente os principais destinos dos entorpecentes que passam por Mato Grosso do Sul, as retensões nas estradas são insignificantes. Em São Paulo foram 599 quilos e no Rio de Janeiro, 763 kg desde o começo do ano.Â
Conforme estimativa da PRF, com a retirada de 30,2 toneladas de cocaÃna e de pasta base, as quadrilhas deixaram de faturar em torno de R$ 5,4 bilhões somente neste ano. A conta leva em consideração o preço do entorpecente na Europa ou nos Estados Unidos.Â
MACONHA
Se a relevância de Mato Grosso do Sul está em alta e chega a ser novidade no que se refere à s apreensões de cocaÃna, no caso da maconha essa importância já faz parte da rotina, mas está em caminho inverso.Â
Em 2020, quando 726 toneladas foram retidas em todo o paÃs, 390 toneladas foram interceptadas em estradas aqui do estado, o que equivale a quase 54%.Â
No ano seguinte, a participação recuou para quase 42%, totalizando 240 toneladas das 583 retidas. E, no ano passado, a participação caiu para a casa dos 37%. Das 553,8 toneladas no paÃs, 203 foram interceptadas em Mato Grosso do Sul.Â
Neste ano, a participação continua em patamares semelhantes aos de 2021, com cerca de 43% das 350 toneladas retiradas de circulação entre janeiro e agosto.Â
Por também fazer fronteira com o Paraguai, o Paraná aparece em segundo lugar nas interceptações da maconha produzida no paÃs vizinho. Desde o começo do ano já são 121 toneladas, o que representa quase 35% de tudo o que foi retido até agora no paÃs, conforme dados disponÃveis no site da PolÃcia Rodoviária Federal e atualizado ao final de cada mês desde 2020.Â
- CE