A rede pública de saúde de Mato Grosso do Sul sentiu aumento de 160% de 2023 a 2024 no número de cirurgias feitas com o incentivo do Programa Nacional de Redação de Filas, passando de 3.343 para 8.700. Em outro recorte de dados do Ministério da Saúde, divulgados ontem (28), o Estado teve elevação de 20,4% no número de cirurgias eletivas realizadas ao longo de 2024, totalizando 129.685 procedimentos, conforme levantamento feito pelo Ministério da Saúde.

O governo federal e o estadual têm programas de aceleração da fila de cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas de emergência. No ano de 2023, os dados do SUS (Sistema Único de Saúde) apontaram 107.645 cirurgias, incluindo as do programa. No País, o número total foi de 13,6 milhões de operações, aumento de 10,8%. O programa estadual tem números próprios.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atribui parte do resultado à reestruturação que vem sendo feita no SUS. No caso do Programa Nacional de Redução de Filas, houve 18% no número de cirurgias em relação a 2023, totalizando 5.324.823 no Brasil.

O Estado criou um auxílio adicional no valor do SUS para cada tipo de procedimento cirúrgico e também exames de diagnóstico, como de imagens. Ainda assim, é um desafio desafogar a espera pelos serviços médicos e o aumento do valor pago aos profissionais e instituições surgiu como apoio relevante.

Muitos casos vão parar na Justiça diante da longa demora e resultam em bloqueios de centenas de milhares de reais, principalmente para as áreas de ortopedia e neurocirurgia, áreas em que há hospitais credenciados pela saúde pública.

O Ministério informou que destinou R$ 2,4 bilhões para as áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia a fim de ampliar a oferta de serviços.

- CGN