O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva prorrogou por mais seis meses o uso da tornozeleira eletrônica para o vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB). O tucano é réu por corrupção em Sidrolândia e o magistrado ressaltou o fato de que o esquema comandado pelo parlamentar causou muitos prejuízos à sociedade.
Então, o juiz destacou: “Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, diz trecho da decisão.
Pesou ainda o fato de que, mesmo com a primeira deflagração da Operação Tromper, que revelou o escândalo de desvio de dinheiro no município o qual Serra era secretário de Fazenda e a sogra, Vanda Camilo, a prefeita, os crimes continuaram.
Na tentativa de se livrar do monitoramento eletrônico, Claudinho chegou a apelar que possui emprego lícito de vereador, o qual não exerce desde o dia 2 de abril. Depois disso, ficou 23 dias preso. Ao sair, entrou com licença remunerada de 120 dias e, por fim, vem apresentando atestados médicos seguidos para não comparecer à Câmara Municipal.
Recentemente, o empresário e advogado Milton Matheus Paiva se livrou da tornozeleira. A retirada da medida ocorreu após o investigado firmar acordo de delação premiada com a Justiça.
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